domingo, 28 de abril de 2013

Deep Purple - Now What!





01. A Simple Song
02. Weirdistan
03. Out Of Hand
04. Hell To Pay
05. Body Line
06. Above And Beyond
07. Blood From A Stone
08. Uncommon Man
09. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price

Depois de 8 anos, eis que a lenda Deep Purple volta a cena com Now What!, seu novo trabalho de estúdio. E vou ser bem direto aqui, se você é dessas viúvas do Purple setentista ou acha que a banda não existe sem Blackmore e sua formação clássica e desconsidera seus trabalhos atuais, azar o seu. Para os primeiros, já fazem cerca de 40 anos que esse período passou, e na vida se anda para frente, não se fica preso ao passado, cheio de saudosismos. Já para os segundos, bem, basta lembrar dois detalhes aqui: primeiro, Steve Morse já está na banda a praticamente 20 anos, o que é mais tempo do que Blackmore teve de Purple, segundo, foi essa formação clássica que quando retornou nos anos 80, lançou trabalhos de medianos para fracos, como The House of Blue Light (1987) e The Battle Rages On (1993), fora o vexatório Slaves and Masters (1990), que não conta apenas com a participação de Ian Gillan. Pequeno desabafo feito, vamos ao que interessa.

Desde Purpedincular (1996) que o Purple vem mantendo uma sequencia de bons lançamentos. Podem não ser trabalhos do mesmo naipe do que lançaram nos anos 70, mas ainda sim, material muito digno e acima do nível da maioria das bandas que temos por ai hoje em dia. Now What! não é diferente. O álbum abre com a ótima “A Simple Song”, para emendar uma ótima sequência com a rockeira “Weirdistan”, a pesada “Out Of Hand” e a espetacular “Hell To Pay”, que me remeteu aos melhores momentos do Purple clássico. Se o ouvinte tinha alguma duvida sobre a relevância da banda nos dias de hoje, ela se desvanece após esse início. Outros aspectos dignos de nota são os ótimos duelos entre Steve Morse (G) e Don Airey (K) e o fato de como esse último finalmente começou a imprimir sua personalidade nas músicas. Gillan também se destaca, mostrando que mesmo beirando os 70 anos, ainda canta muito. Sua voz pode não ser a mesma de anos atrás, mas ele aprendeu a lidar muito bem com as limitações que a idade lhe impôs. Vale a pena destacar aqui ainda, as faixas “Aprés Vous”, simplesmente ótima e onde Airey se destaca e a soturna “Vicent Price”.

Não, não estamos diante de um novo “Machine Head” ou “In Rock”, mas e daí? No What! é um trabalho coeso, pesado, com ótima produção e que supera as expectativas. Para mim, o melhor trabalho da banda desde Perfect Strangers (1984) e uma grande homenagem ao mestre Jon Lord. Ah, e viuvinhas de plantão, vão chorar na cama que é lugar mais quente!

NOTA: 8,5



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