terça-feira, 19 de agosto de 2014

Blues Pills – Blues Pills (2014)




Blues Pills – Blues Pills (2014)
(Nuclear Blast – Importado)

01. High Class Woman
02. Ain’t No Change
03. Jupiter
04. Black Smoke
05. River
06. No Hope Left For Me
07. Devil Man
08. Astralplane
09. Gypsy
10. Little Sun

Ao lado do novo do Rival Sons, esse era um dos álbuns mais esperados de 2014 por muitos fãs de Classic Rock. Com três Ep’s (dois de estúdio e um ao vivo) e um single lançados, o multinacional Blues Pills (formado por uma sueca, um francês e dois americanos), capitaneado pela maravilhosa vocalista Elin Larsson, causou certo frisson nos últimos dois anos. Mas uma pergunta permanecia na cabeça de todos. Será que em um álbum completo, conseguiriam manter o fôlego dos Ep’s e apresentar um material realmente consistente? Bem, agora temos a resposta.
Sim, não só mantiveram o fôlego como conseguiram ir além. Ok, parte do material contido nesse autointitulado trabalho de estreia já havia sido lançado anteriormente, o que ajuda demais no resultado final, mas as faixas inéditas aqui presentes conseguem manter o altíssimo nível já apresentado pelo quarteto. Tocando um Blues Rock com pesadas influências de Hard setentista e Rock Psicodélico ( e algo de Soul aqui e ali), fazem o ouvinte viajar no tempo, ao final dos anos 60 e início dos 70, com músicas que vão remeter a lendas como Jimi Hendrix, Janis Joplin e outros do período em questão. O mais interessante aqui é que, apesar de deixarem bem claras as suas influências, em momento algum soam como cópia, transpirando personalidade, criatividade e não soando datados em momento algum. E convenhamos, tem de ser muito bom para alcançar tal resultado. Fica evidente nas 10 faixas aqui presentes (cinco delas inéditas), que Elin Larsson (vocal), Dorian Sorriaux (guitarra), Zack Anderson (baixo) e Cory Berry (bateria) conhecem muitíssimo bem o pantanoso terreno em que estão pisado, evitando assim as armadilhas do caminho e passando longe de qualquer clichê do estilo. A guitarra despeja em nosso ouvidos melodias belíssimas e viajantes, a cozinha é digna das melhores do gênero e Elin Larrson se mostra um caso a parte, com uma voz incrível e completamente destoante das vocalistas femininas que pipocam por ai nos dias de hoje. Que feeling, meu amigo! Destaques? Sinceramente, o álbum inteiro e não estou exagerando! Nada aqui é descartável ou se encontra fora do lugar, mas minhas preferidas são “High Class Woman”, “Ain’t No Change”, “Jupiter”, “Astralpane” e principalmente, “Devil Man”.
A capa, uma pintura dos anos 60 feita por Marijke Koger-Dunham é simplesmente uma das mais belas do ano, casando perfeitamente com o conteúdo do álbum. Unindo o melhor do que já haviam lançado até então, somado com material inédito de inegável qualidade, lançaram um trabalho excelente e que vai mergulhar o ouvinte em uma viagem no tempo. Vai estar fácil entre os melhores do ano. Certamente uma das bandas mais promissoras e talentosas da atualidade.

NOTA: 9,0




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