segunda-feira, 18 de agosto de 2014

In Soulitary – Confinement (2014)




In Soulitary – Confinement (2014)
(Shinigami Records – Nacional)

01. Burning Tsa
02. Hollow
03. Written to Life
04. Behind the Rows
05. Mouth of Madness
06. River of Souls
07. Devil’s Playground
08. Ministry of Truth
09. Raven King
10. The Key
11 Deep Fear
12. True Religion

Após 12 anos de estrada, diversas mudanças de formação e uma pausa de alguns anos, o sexteto paulista In Soulitary finalmente chega a seu debut. Formado por Marcel Briani (vocal), Danny Schneider e Rafael Pacheco (guitarras), Elder Oliveira (baixo), Andre Bortolai (teclado) e Matthew Liles (bateria), já haviam lançado um EP ano passado, He Who Walks..., que já havia despertado a atenção de quem acompanha o underground nacional, o que gerou certo interesse pelo lançamento de Confinement.
O que escutei aqui definitivamente me surpreendeu em muito. Por mais que o trabalho anterior fosse promissor, o salto de qualidade dado pelo In Soulitary foi absurdo. Mais madura, a banda despeja seu Death Metal Melódico para lá de diversificado e que tem tudo para agradar os fãs do estilo, com composições fortes, ótimas melodias e solos, peso e uma variedade sonora absurda. Durante toda a audição de Confinement, você não só irá encontrar o já citado Death Metal Melódico, que está na base do som da banda, como também influências de estilos diversos como Thrash, Power, Metal Tradicional e Gothic. Essa diversidade toda se retrata na lista de participações especiais, que conta com Mario Pastore, Dimitri Brandi (Psychotic Eyes), Lan Weiss, Verônica O. Rodriguez (Karkaos) e Luigi Regolini (Darkener, Rebel 30). Obviamente, como em boa parte das bandas que apostam em uma sonoridade tão ampla, a proposta sonora da banda não funciona 100%, tendo em alguns poucos momentos me soado um pouco confusa, mas ainda sim não se pode negar que estamos diante de uma banda com muita personalidade e capaz de fazer música com cara própria, algo raro hoje em dia. O grande trunfo da banda é sem duvida alguma, o vocalista Marcel Briani, que consegue variar sua voz de forma absurda, soando sempre muito bem, seja cantando gutural, rasgado ou de forma mais lírica. Para mim, os grandes destaques aqui ficam por conta de “Hollow” (com participação de Mario Pastore), “Written to Life” (com participação de Verônica Rodriguez), “Behind the Rows”, com um grande refrão, “River of Souls” (outra com Pastore), “Devil’s Playground” e “Raven King”.
O único ponto que realmente não me agradou aqui foi a produção, que ficou a cargo de Danis Di Lallo (ex-Andralls). Apesar de ter deixado tudo muito claro e pesado, fez com que o som ficasse um tanto quanto abafado e agudo. Por mais que não tenha comprometido o resultado final do álbum, fez com que eu me perguntasse como o mesmo soaria com uma produção de ponta. De resto, o que temos aqui é uma banda absurdamente promissora, que tem tudo para voar mais alto dentro do cenário nacional. Se depender do que ouvimos aqui em Confinement, certamente irão longe.

NOTA: 8,0





 



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