quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Os 10 melhores álbuns de Metal Internacional de 2014.


Listas têm a capacidade ímpar de gerar grandes polêmicas. Qualquer Top 10 alguma coisa é capaz de despertar paixões inflamadas e discussões acaloradas. Perdemos a razão e falamos com a emoção. Muitos até questionam a necessidades de tal artifício.
2014 passou, ótimos álbuns foram lançados e as listas andam pipocando por ai. Antes de tudo, você, leitor do A Música Continua a Mesma, deve ter em mente uma coisa muito simples. Essa é uma lista pessoal (como toda e qualquer outra desse tipo), que abarca o meu gosto e tudo que tive oportunidade de ouvir esse ano. O fato de um álbum não entrar aqui, não significa que o mesmo não possua qualidade ou que esteja em um patamar inferior a um dos 10 aqui listados. Significa apenas que no que tange meu gosto pessoal, estes me agradaram mais ou que simplesmente não tive a oportunidade de ouvi-lo.
E você? Concorda? Discorda? Qual a sua lista? Aqui vai a minha!



Blood In, Blood Out marca o retorno de Steve “Zetro” Souza ao Exodus em grande estilo. Aquela banda mais pesada e mais polida dos álbuns com Rob Dukes foi deixada de lado e aqui temos um retorno a sua sonoridade mais clássica, remetendo mais a trabalhos como Pleasures of the Flesh, Fabulous Disaster e Tempo of the Damned. Agressivo, raivoso e esmagador. Exodus is back!!!!!!!




Quando anunciaram Nick Holmes (Paradise Lost) como novo vocalista, alguns se perguntaram se esta seria a melhor escolha para substituir Mikael Akerfeldt (Opeth). Pois bem, Grand Morbid Funeral mostra que essa era realmente a melhor opção. Musicalmente temos aquele típico Death Metal da escola sueca, agressivo, brutal e corrosivo, que agregado ao desempenho impressionante e destruidor de Holmes, gerou um dos grandes álbuns de 2014. Um verdadeiro soco na boca do estômago.




A pergunta que martelava na cabeça dos fãs de Classic Rock nos últimos tempos era: O Blues Pills conseguiria manter em um álbum completo o desempenho avassalador dos Ep’s que havia lançado até então? Pois bem, a resposta foi sim! Com uma mescla sensacional de Blues Rock, Soul, Hard setentista e Rock Psicodélico, transpirando criatividade e personalidade e com um desempenho irrepreensível da fora do comum Elin Larsson (como canta essa menina!!!), seu álbum de estréia é simplesmente excelente. O Blues Pills ainda vai dar muito que falar.




Para mim, a maior banda de Death Metal da atualidade. Sendo assim, não poderíamos esperar algo menos que primoroso vindo dos americanos. Brutal, extremo e agressivo, A Skeletal Domain apresenta aquele Cannibal Corpse que todos estamos acostumados e esperamos escutar. É Death Metal sujo, grotesco e violento que todos aprendemos a gostar, fazendo com que a sua principal virtude seja exatamente a de nos dar o óbvio. Mais um grande clássico da banda.




Thrash Metal da Bay Area praticado na Finlândia. De todas as bandas surgidas no revival do Thrash nos últimos, anos, o Lost Society está facilmente entre as três melhores. Veloz, agressivo, caótico e muito divertido, é daqueles álbuns que te fazem voltar no tempo e se sentir novamente nos anos 80. E ainda tem de bônus um cover muito legal para I Stole Your Love, do Kiss. Melhor álbum de Thrash de 2014.




Não sei que dia o mundo irá acabar, mas sei que a trilha sonora do apocalipse certamente será algum álbum do Anaal Nathrakh. O nível de agressividade atingido pelo duo inglês é algo absurdo e poucas vezes visto. Insano, caótico e doentio, Desideratum é um pesadelo em forma de música. E olha, isso é um elogia no que tange música extrema. Infernal!




Um dos nomes mais interessantes dessa leva de banda surgidas nos últimos anos praticando Classic Rock, os americanos do Rival Sons reciclam grandes nomes do Rock como Led Zeppelin, Who, Stones e Hendrix, nos devolvendo um som com cara própria. Maduro, com um dos melhores vocalistas da nova geração (Jay Buchanan) e riffs de guitarra simplesmente viciantes, The Great Western Valkyrie tem tudo para entrar no panteão dos grandes álbuns da história do Rock.




Joe Bonamassa é foda e quanto a isso não existe discussão, afinal, um sujeito que começa a tocar guitarra aos 4 anos de idade e aos 12 é elogiado publicamente por ninguém menos que B.B.King, não pode ser definido de outra maneira. Trafegando entre aquele Blues Rock inglês dos anos 60 e 70 e o R&B, Bonamassa não só se mostrou um fantástico guitarrista como também um compositor de mão cheia. Como um amigo definiu perfeitamente, aqui a guitarra fala com o ouvinte, transpira emoção em cada nota. Álbuns de guitarristas são chatos? Se você pensa isso, escute Different Shades of Blue e reveja sua posição.




Provavelmente um dos álbuns mais esperados pelos fãs de Metal em 2014. O Mastodon é certamente uma das bandas mais inovadoras e diferenciadas surgidas nos últimos 15 anos. Com sua mistura de Classic Rock e Progressivo, riffs densos e intricados e harmonias vocais únicas, se colocam milhas a frente da concorrência. Consistente e pesado, Once More ‘Round the Sun tem tudo para consagrar de vez o Mastodon.




Tom Warrior (sim, para mim ele sempre será Tom Warrior) é um gênio. Isso já bastaria para colocar Melana Chasmata entre os 10 melhores álbuns de 2014. Após lançar álbuns seminais para a história do Metal com o lendário Celtic Frost, Tom criou o Triptykon para dar prosseguimento ao que havia apresentado no último trabalho de sua ex-banda, Monotheist (2006). Não é um trabalho para todos os gostos, pois sua absorção não é fácil, mas é uma verdadeira obra prima. Pesado, agressivo e arrastado, Melana Chasmata tem uma capacidade única de despertar as emoções mais obscuras naquele que o escuta. Mais um clássico atemporal do Metal oriundo da mente desse gênio.



Um comentário:

  1. melana chasmata e sem duvida o disco do ano, so faltou o TITAN do septicflesh

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