terça-feira, 21 de março de 2017

Lancer - Mastery (2017)


Lancer - Mastery (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)


01. Dead Raising Towers
02. Future Millennia
03. Mastery
04. Victims of the Nile
05. Iscariot
06. Follow Azrael
07. Freedom Eaters
08. World Unknown
09. Widowmaker
10. Envy of the Gods
11. The Wolf and the Kraken (bonus track)

Eis que o sueco Lancer chega a seu terceiro trabalho de estúdio, o primeiro pela Nuclear Blast, e a primeira pergunta que faço é: onde está a avestruz guerreira/apocalíptica que sempre estampou suas capas (ela estilizadas nas cobras da Medusa não contam)? Mas brincadeiras à parte, quem teve a oportunidade de escutar Lancer (13) e Second Storm (15), sabe exatamente o que encontrará aqui. Power Metal old school da melhor qualidade, mesclando com muita qualidade, Helloween, Gamma Ray e Iron Maiden.

Aqui não é diferente. O quinteto formado por Isak Stenvall (vocal), Fredrik Kelemen (guitarra), Peter Ellström (guitarra), Emil Öberg (baixo) e Sebastian Pedernera (bateria), apresenta exatamente o que se espera dele. Vocais característicos do estilo, velocidade, bons riffs, parte rítmica pesada e coesa e refrões bombásticos e marcantes. Absolutamente nada de novo, como pode notar, mas ainda assim, por algum motivo, a música do Lancer soa muito legal e divertida. As referências estão todas lá, você as percebe o tempo todo, mas mesmo assim não consegue achar isso chato ou repetitivo. Lembra quando o Hammerfall era legal? Então. Mastery cativa o ouvinte.

A faixa de abertura, “Dead Raising Towers”, já chega mostrando todo o poderio da banda, com um riff forte, agressivo, influências de NWOBHM e um refrão marcante, que você fatalmente se pegará cantando de primeira. “Future Millennia” é um Power Metal padrão, até um pouco comum, mas com bom trabalho de guitarra. Aliás, Fredrik e Peter se saem muito bem, com suas guitarras gêmeas, que remetem diretamente aos bons tempos do Maiden. Quem curte o estilo certamente vai achar uma boa música. A faixa título é um dos pontos altos aqui. Um pouco menos veloz, tem ótimas melodias, boa agressividade e um refrão grudento, que inevitavelmente vai te remeter a algumas coisas feitas pelo Edguy. “Victims of the Nile” é mais cadenciada, tem um certo viés progressivo que a aproxima da sonoridade atual do Iron, enquanto “Iscariot”, que encerra a primeira metade do trabalho, vai te remeter aos bons momentos do Helloween, com sua velocidade, seus bons riffs e refrão fácil.


A segunda metade abre com a ótima “Follow Azrael”, outra com pegada mais cadenciada, ótima utilização de guitarras gêmeas, melodias marcantes e ótimo solo. O refrão mais uma vez, pode te remeter ao Edguy. Já em “Freedom Eaters”, o maior destaque vai para Emil Öberg. Seu baixo domina a música, que tem bons momentos, sendo outra que pode te remeter a nomes como Gamma Ray e Helloween. “World Unknown” é aquela típica balada Power Metal, mas não empolga muito. Talvez empolgaria se possuísse um refrão mais forte e marcante. Em seguida, “Widowmaker” vem para recolocar o álbum nos trilhos. Rápida, com boas guitarras gêmeas e um refrão que pega fácil, faz o ouvinte bater cabeça involuntariamente. “Envy of the Gods” encerra o álbum de forma épica, com boas melodias, alguns toques de progressivo e muito de Helloween da fase Keppers. Na versão nacional, temos mais duas faixas bônus. A ótima “The Wolf and the Kraken”, mid-tempo, com ótimos riffs e melodias, além de uma versão não creditada de “Follow Azrael”, que é a mesma que consta no video lançado, quase 2 minutos mais curta.

Mastery teve produção da banda e de Gustav Ydenius, que já havia exercido o mesmo papel em Second Storm. Ele também foi o responsável pela mixagem, enquanto a masterização ficou por conta do experiente Miro (Avantasia, Epica, André Matos, Kamelot, Rhapsody). O resultado final não foi menos que ótimo, com tudo claro, limpo, mas sem perder peso e agressividade. Repetindo o mesmo time do trabalho anterior, a capa foi obra de Dimitar Nikolov (que também fez a do álbum anterior), com design de layout do brasileiro Marcelo Vasco.

Ok, o Lancer não apresenta absolutamente nada de novo em matéria de sonoridade, é aquele Power Metal básico, sem qualquer pretensão de ousar ou soar original, mas ainda assim consegue prender a atenção do ouvinte, graças a ótima qualidade das músicas. Uma prova de que não se faz necessário inovar sempre para fazer boa música. Certamente um dos melhores álbuns do estilo que você vai escutar em 2017.

NOTA: 8,5

Lancer é:
- Isak Stenvall (vocal);
- Fredrik Kelemen (guitarra);
- Peter Ellström (guitarra);
- Emil Öberg (baixo);
- Sebastian Pedernera (bateria).

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