terça-feira, 5 de setembro de 2017

R.I.V. – Welcome To Prog-Core (2016) (Demo)


R.I.V. – Welcome To Prog-Core (2016) (Demo)
(Independente – Nacional)


01. Headache
02. Animal
03. Freaks in Action
04. No...P.A.S.

O R.I.V., ou Rhythms In Violence, não é uma banda novata. Surgida em Minas Gerais ainda nos anos 80, durou até o ano de 1996, quando encerraram as atividades. Mas é aquela coisa, quando se é picado pela mosca azul do Metal, é difícil ficar afastado do mesmo. Eis que 20 anos depois, retornaram à ativa contando com 2 membros originais, Helbert de Sá (vocal) e Cláudio Freitas (guitarra), o baterista Ricardo Parreiras, que já havia tocado com a banda em sua primeira encarnação, e o baixista Rodrigo Boechat. E para marcar bem esse momento, optaram por lançar uma demo, intitulada Welcome To Prog-Core.

Prog-Core? O prezado leitor deve estar se perguntando o que seria isso, já que em um primeiro momento a mescla de Progressivo e Hardcore parece algo bem improvável. Por isso, confesso que foi com curiosidade que coloquei esse trabalho para tocar no som. Deparei-me então com uma sonoridade que mescla Crossover, Thrash, Hardcore e, sim, Progressivo, gerando assim uma música que confesso, não é das mais simples, já que possui um nível de complexidade um pouco acima da média, além de, claro, gerar uma sonoridade um tanto inusitada em alguns momentos.

Em primeiro lugar, temos aqui uma música pesada e agressiva, e quanto a isso não cabe discussão. Também não cabe contestar que o R.I.V. procura sair do lugar comum e buscar novas saídas para sua música, algo que deve ser visto de forma positiva. Em uma realidade onde quase todo mundo procura apenas emular nomes do passado, é legal ver alguém tentando soar diferente. Suas canções são muito bem trabalhadas, com muitas mudanças de tempo ocorrendo em espaços curtos, já que a música mais longa aqui não passa dos 3 minutos e 29 segundos, e bateria bem quebrada (olha o lado Prog aqui). Os vocais são agressivos e temos bons riffs, além de uma velocidade que aproxima sua sonoridade do Hardcore. 


Em resumo, não se trata de uma sonoridade de fácil digestão, e em alguns momentos, pode até soar um pouco confusa, precisando de um pouco mais de maturação. Nesse ponto, a produção um pouco deficitária tem total influência, já que em alguns momentos prejudica o trabalho do baixo e da bateria. Claro que essa linha mais crua e suja casa bem com a proposta sonora da banda, mas um pouco mais de clareza em todos os instrumentos ajudaria muito na compreensão. É um ajuste que vale a pena ser feito no trabalho vindouro da banda. Dentre as músicas aqui presentes, destacaria “Animal” (regravação de uma faixa antiga da banda) e “Freaks in Action”, que retratam bem a sonoridade do R.I.V. como um todo.

Cabe dizer que após a gravação desse trabalho, a formação foi alterada, e hoje conta com Helbert de Sá nos vocais e guitarra, Fabrício Soares no baixo e Ricardo Parreiras na bateria. É esse trio que está entrando em estúdio para a gravação do novo álbum, que será intitulado Progressive Core. Com alguns ajustes, definitivamente tem tudo para dar certo. Resta-nos agora esperar e ver se as expectativas por um bom trabalho se confirmam.

NOTA: 7,0

R.I.V. (gravação):
- Helbert de Sá (vocal);
- Cláudio Freitas (guitarra);
- Rodrigo Boechat (baixo);
- Ricardo Parreiras (bateria).

R.I.V. é:
- Helbert de Sá (vocal/guitarra);
- Fabrício Soares (baixo);
- Ricardo Parreiras (bateria)

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